quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Narcisismo epistolar

(ou Afinal, o que menos importa é o destinatário)

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Olá, beibe!

Esta semana começou no ritmo do final da semana passada, totalmente trash. Só agora consigo vislumbrar uma luz no fim do túnel — provavelmente é o trem carregado de trabalho que sempre me atropela na segunda metade da semana.

Hoje é o início oficial da minha tpm e eu deveria começar hoje também a tomar minhas drogas anti-tpm, mas, em vez disso, me empanturrei de chocolate e coca-cola (e mais tarde certamente será café), tudo o que eu deveria evitar, porque são estopim para toda a crise que acompanha esse período.

Estou me sentindo como no poema do Drummond: sem mulher, sem discurso, sem carinho e, eu diria mais, sem dinheiro. Sinto que estou tomando um calote, pois as pessoas dos tccs ainda não me pagaram e simplesmente não respondem meus e-mails. Para além disso, estou cheia de perebas (olhos irritados, apesar do colírio, herpes no canto da boca por causa do tempo seco), reflexo de uma imunidade que está abaixo de zero. E agora, José?

Hoje a Juliana descobriu meu esconderijo secreto no HD dela e me despejou. Tive que fazer milagres para empacotar minha mudança na hora do almoço, e seguramente ainda ficaram pra trás uns bons 20 GB.

E como, depois da overdose da semana passada e do fim de semana, eu quero mais é distância de computador, vou aproveitando as noites para assistir a todas essas coisas (sim, pelo menos 90% do que eu tinha no computador da Juliana eram filmes). Ontem tinha planos de assistir a "Volver", mas acabei optando por "Desperate Housewives", que é mais curto, me faz rir e estava parado no meu aparelho de DVD havia uma era.

Como você pode ver, não está sendo uma semana fácil, mas me anima saber que ainda há espaço em mim para a poesia e um pouco de espirituosidade. E para não dar motivos para pensarem que eu só reclamo e que meus e-mails nada têm de interessante, aí vai uma canção que não tem nada a ver comigo especificamente (exceto pelos dois últimos versos da segunda estrofe), mas que me diverte bastante. Espero que goste.

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Mushaboom
Feist

Helping the kids out of their coats
But wait the babies haven't been born
Unpacking the bags and setting up
And planting lilacs and buttercups

But in the meantime I've got it hard
Second floor living without a yard
It may be years until the day
My dreams will match up with my pay

Old dirt road
Knee deep snow
Watching the fire as we grow old

I got a man to stick it out
And make a home from a rented house
And we'll collect the moments one by one
I guess that's how the future's done

How many acres how much light
Tucked in the woods and out of sight
Talk to the neighbours and tip my cap
On a little road barely on the map

Old dirt road
Knee deep snow
Watching the fire as we grow old
Old dirt road
Rambling rose
Watching the fire as we grow well I'm sold

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É isso. Agora é a sua vez. Talk to me!

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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Com perdão do trocadilho...

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... não há nada mais chato em publicidade do que texto legal.

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